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Mostrando postagens de janeiro, 2024

Pênfigo vulgar

  Pênfigo vulgar É uma doença muco-cutânea caracterizada pela formação de vesículas ou bolhas intra-epiteliais, solitárias ou múltiplas, que se rompem logo após a sua formação em toda a mucosa oral (especialmente palato, mucosa labial e jugal, ventre de língua e gengiva), deixando superfícies ulceradas, muitas vezes apresentando sintomatologia dolorosa. Lesões de pele, quando presentes, aparecem concomitantemente ou um ano depois ou mais, como vesículas ou bolhas flácidas que se rompem de modo rápido e, normalmente dentro de horas ou poucos dias, deixando uma superfície desnudada e eritematosa. Para o diagnóstico correto pode ser necessário exames complementares   como biópsia, exame citológico e imunofluorescência

Úlcera traumática

  Úlcera traumática Tem relato de trauma pelo paciente e normalmente este tipo de lesão cicatriza em poucos dias. são lesões ulcerativas com dor leve a moderada e associadas a histórico de trauma local. As ulcerações podem permanecer por longos períodos de tempo (até 8 meses), mas a maioria geralmente cura em poucos dias. Lesões individuais, geralmente apresentam-se como áreas de eritema que circundam uma membrana fibrinopurulenta amarela central removível. A maioria das ulcerações traumáticas é observada na língua, mas há relatos em gengiva, mucosa jugal, assoalho da boca, palato e lábio.  

Herpes labial

  Herpes labial É caracterizado por lesões vesículo-erosivas na pele adjacente dos lábios e pseudomucosa labial inferior. Seis a 24 horas antes do desenvolvimento das lesões podem surgir sinais e sintomas prodrômicos: dor, ardência, prurido, pontadas, calor localizado ou eritema no epitélio afetado. A lesão tem início com vesículas (1-3 mm) que se rompem e formam crostas em dois dias. A cicatrização geralmente ocorre entre 7 e 10 dias. Muitas vezes, é recorrente.

Carcinoma epidermóide ou espinocelular

  Carcinoma epidermóide ou espinocelular A lesão inicialmente é indolor, não responde à tratamento local, pode aumentar de tamanho, e dura meses. Apresenta áreas descamadas ou ulceradas, sensação de dor, secura e sangramento espontâneo. Acomete principalmente o lábio inferior, em áreas expostas ao sol.

Xerostomia

  Xerostomia   Diminuição do fluxo salivar É comum em idosos e favorece o aparecimento de cárie, candidíase e fissuras labiais, síndrome da ardência bucal. O uso de algumas medicamentos   como descongestionantes nasais, broncodilatadores, moderadores de apetite, antidepressivos tricíclicos e antipsicóticos podem causar xerostomia. Em pacientes com disfunção de glândulas salivares ou que se submeteram à radioterapia e quimioterapia é comum quadros de xerostomia de longa duração. Nestes casos observa-se frequentemente aumento da incidência de cárie dentária, principalmente cervical, disartria, disgeusia, disfagia, ardência lingual, ardência e fissuras na mucosa bucal, aumento do volume das glândulas salivares e quadros infecciosos tais como candidíase glossite romboide mediana, estomatite protética e queilite angular. O tratamento da xerostomia consiste em estimular o fluxo salivar com ingestão de água, goma de mascar sem açúcar pastilhas estimulantes da produção de sal

Cárie de raiz

  Cárie de raiz Caracteriza-se por ser uma lesão amolecida, progressiva e destrutiva da superfície da raiz, com bordas difusas, envolvendo placa e invasão microbiana.  Costuma ter evolução rápida. É a mais prevalente em idosos. A retração gengival com consequente aumento das áreas radiculares expostas ao meio bucal, as afecções crônicas e os medicamentos tomados para seu controle (os quais podem causar xerostomia e diminuir o fluxo salivar) são situações comuns que geralmente atingem o idoso e que predispõe a ocorrência da cárie radicular neste grupo.

Queilite actínica

  Queilite actínica É uma lesão pré-maligna e difusa no vermelhão do lábio inferior, que resulta da exposição crônica ao sol e que atinge, principalmente, homens, de pele clara, entre 40 e 80 anos de idade. Fatores crônicos como o etilismo e o tabagismo podem aumentar a chance da queilite actínica tornar-se um carcinoma epidermóide, também conhecido como carcinoma de células escamosas ou espinocelular.   Para o correto diagnóstico é prudente que se faça uma biópsia incisional para avaliar o grau de modificações histológicas. O paciente deve ser orientado para fazer uso de protetores solares no lábio, chapéu, redução a exposição solar e para aguardar a evolução com possível regressão da lesão, que deve ocorrer em pouco tempo. Caso não haja regressão com esses cuidados, é provável que seja  uma lesão maligna.

Hematoma / Cisto de erupção

  Cisto/hematoma de erupção O cisto de erupção r esulta da separação do folículo dentário da coroa de um dente em erupção. É uma tumefação mole.  É conciderado um cisto dentígero,   Uma lesão extra-óssea localizada , entre o epitélio reduzido do órgão de esmalte e a coroa do dente, logo não envolve o tecido ósseo e por isso as imagens radiográficas não auxiliará no diagnóstico.  Seu diagnostico é através do exame clínico  levando em consideração o tempo de aparecimento da lesão, seu aspecto clínico (coloração, tamanho, consistência) e localização. Apresenta-se muitas vezes de forma translúcida, recobrindo a coroa de um dente decíduo ou permanente em erupção. São mais frequentemente encontrados na região de molares mandibulares. Sintomática e traz desconforto ao paciente.  Não é necessário tratamento - sofrem resolução espontânea quando os dentes envolvidos penetram na mucosa gengival , assim os dentes irrompem através da lesão .  Traumatismos na superfície podem resultar em prese

Fibroma

  Fibroma É o tumor mais comum da cavidade bucal. A localização mais comum é na mucosa jugal, ao longo da linha de oclusão. A lesão apresenta-se como um nódulo rosa, de superfície plana, com coloração semelhante à mucosa circunjacente. A maioria é séssil. Geralmente não produzem sintomas. São mais comuns na quarta e sexta década de vida.

Mucocele

  Mucocele É uma lesão resultante da ruptura de um ducto excretor de uma glândula salivar menor, com subsequente extravasamento de mucina para o  interior dos tecidos moles circunjacentes o que dá a lesão uma coloração translúcida azulada. A maioria dos pacientes relata que a lesão está presente por várias semanas. O lábio inferior é o sítio mais acometido (75% dos  casos). A mucosa jugal, o ventre anterior da língua e o assoalho da boca (rânula) são localizações menos comuns.

Anestésicos Locais em Crianças

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  Anestésicos locais em Crianças A primeira opção deve ser a lidocaína 2% com epinefrina (1:100.000), um anestésico de duração intermediária, sendo a dose empregada de 4,4 mg/Kg  de peso corporal. Em uma criança com 15 Kg, devem ser empregados no máximo 1,5 tubetes durante o procedimento odontológico. O anestésico sem o vasoconstritor tem durabilidade de ação muito curta, com comprometimento da efetividade e profundidade da anestesia, sendo somente usado em pacientes que, devido a problemas gerais de saúde, tem contraindicação de seu uso. Quando houver contraindicação do uso dos vasoconstritores, pode ser usada a mepivacaina 3%, reduzindo a dose máxima em 30% devido à maior concentração do sal anestésico. O anestésico tópico é absorvido pelas mucosas e entra na corrente sanguínea, podendo gerar efeitos adversos quando administrado em altas quantidades. Os efeitos decorrentes da superdosagem são observados no âmbito do SNC, particularmente sensível aos anestésicos locais,  g

Freio (frênulo)

  A língua é um músculo fundamental para todas as funções orais. Quando existe alteração do freio (frênulo) da língua pode-se encontrar como consequência, boca entreaberta, alterações oclusais e periodontais, dificuldade nos movimentos realizados pela língua, assim como postura baixa da mesma na cavidade oral. As funções de mastigar, deglutir e a produção dos sons da fala podem se alterar também . Os problemas mais comuns estão relacionados com a dificuldade de articulação da fala, pois este poderá ter limitações quando realiza certos movimentos articulatórios mais amplos e elaborados, o que reduz a abertura da boca e os seus grupos consonantais. São também conhecidos problemas em alguns fonemas tais como o z, d, t, s, l, n, tendo especial dificuldade em enrolar a letra r.   Anquiloglossia É uma anomalia do desenvolvimento, caracterizada por uma alteração no freio da língua, levando a limitações do movimento e podendo alterar a fala.   A alteração da inserção da língua

Frenectomia

  Frenectomia Freio lingual A frenectomia em conjunto com a terapia da fala é uma opção de tratamento visando melhorar a mobilidade da língua e a fala.  A indicação cirúrgica em freios anteriorizados esta relacionada com a sufixação, pois está mais recomendada a cirúrgia quanto maior for a sua anteriorização. Já em freios curtos e anteriorizados, está quase sempre indicada a frenectomia, não só devido às implicações na fala como também na mobilidade, mastigação e deglutição. Nos bebês, a frenectomia, intervenção cirúrgica para corrigir as alterações no freio lingual, costuma ser indicada quando o freio da língua dificulta a movimentação da mesma ou a amamentação. Em crianças maiores, a frenectomia lingual está indicada quando a inserção do freio provocar problemas periodontais, ou quando a falta de mobilidade da língua prejudicar a fala. Cabe lembrar que em casos mais leves o freio lingual se torna menos proeminente entre os 2 a 5 anos, a medida que o alvéolo cresce em altu

Alterações estomatológicas de origem multifatorial

Alterações estomatológicas de origem multifatorial     Alterações   estomatológicas de origem multifatorial (agentes infecciosos, dermatoses, deficiência nutricional, imunodeficiência, hipersalivação e fatores que provocam perda da dimensão vertical de oclusão-perda dentária e desgaste de próteses). Ex. Queilite angular, estomatite por dentadura e glossite romboidal mediana. Essas manifestações acima   geralmente estão associadas à presença de Candida albicans e ou estreptococos e estafilococos e ocorre com maior frequência em adultos/idosos, embora a queilite angular também afete crianças. A base do seu tratamento é eliminação os diferentes fatores desencadeantes destes processos inflamatórios. A higiene e desinfecção de dentaduras são práticas importantes para a prevenção do aparecimento destas lesões.

Úlceras traumáticas

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Úlceras traumáticas São lesões decorrentes de trauma agudo ou crônico, geralmente localizada em áreas de compressão da prótese. Caracteriza-se por lesões individuais com uma área eritematosa que circunda uma membrana removível, central, amarela, fibrinopurulenta. A lesão pode desenvolver um alo esbranquiçado hiperceratótico adjacente à área de ulceração.

Técnica de medida da Pressão ou Tensão Arteral

Técnica de medida da Pressão ou Tensão Arteral   Certificar-se de que o aparelho de pressão (esfigmomanômetro) esteja calibrado;   Explicar o procedimento   Certificar-se de: a) o paciente não esteja com a bexiga cheia; b) não praticou exercícios físicos; c) não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da medida   Com o paciente sentado, após um período de repouso de, no mínimo, cinco minutos, apoiar-lhe o antebraço numa superfície, com a palma da mão voltada para cima, à altura do coração, desnudando-lhe o braço   Localizar a artéria braquial por palpação   Colocar o manguito ao redor do braço, ajustando-o acima da dobra do cotovelo   Palpar a artéria na dobra do cotovelo e sobre ela colocar a campânula do estetoscópio, com leve pressão local. Nunca prendê-la sob o manguito;- Colocar as olivas do estetoscópio nos ouvidos   Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento da medida   Inflar o manguito rapidamente, até mais de 30 mmHg após o des

Perdas Precoces de Dentes Decíduos (leite)

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  Perdas Precoces de Dentes Decíduos (leite) Consequências Migração dos dentes adjacentes (lado) para a região da perda – dentes tortos Redução do espaço para irrupção do permanente - Encurtamento do arco dentário Extrusão do antagonista Inclinações de dentes adjacentes, podendo ter apinhamento dentário, impactação dos dentes permanentes Penetração de bactérias causadoras de cáries e doenças gengivais , que , em longo prazo , podem causar perda óssea. Essa perda afeta a face, logo temos flacidez dos tecidos de suporte facial – envelhecimento precoce. Aumento da carga de trabalho nos dentes que sobraram no arco - pode levar ao desgaste prematuro deles.   Redução na capacidade mastigatória –podendo levar a problemas estomacais. Distúrbios na fonética Instalação de hábitos bucais deletérios -  mordida aberta, mordida cruzada e mordida profunda - terá que usar aparelho. Problemas de ordem psicológica – quando for localizado na parte da frente do arco.