Frenectomia

 

Frenectomia



Freio lingual

A frenectomia em conjunto com a terapia da fala é uma opção de tratamento visando melhorar a mobilidade da língua e a fala. 

A indicação cirúrgica em freios anteriorizados esta relacionada com a sufixação, pois está mais recomendada a cirúrgia quanto maior for a sua anteriorização.

Já em freios curtos e anteriorizados, está quase sempre indicada a frenectomia, não só devido às implicações na fala como também na mobilidade, mastigação e deglutição.

Nos bebês, a frenectomia, intervenção cirúrgica para corrigir as alterações no freio lingual, costuma ser indicada quando o freio da língua dificulta a movimentação da mesma ou a amamentação.

Em crianças maiores, a frenectomia lingual está indicada quando a inserção do freio provocar problemas periodontais, ou quando a falta de mobilidade da língua prejudicar a fala.

Cabe lembrar que em casos mais leves o freio lingual se torna menos proeminente entre os 2 a 5 anos, a medida que o alvéolo cresce em altura e os dentes começam a erupcionar.

 

 

Técnica de frenectomia

1)Anestesia a nível regional, infiltrando-se os nervos linguais de ambos os lados, na região apropriada do lado interno do ramo ascendente da mandíbula

2)Para facilitar o acesso direto ao freio lingual, pode ser feita transfixação da língua com fio de sutura 3-0, feita na estrutura muscular, situada próxima à ponta da língua para manter a língua elevada e numa posição superior ou o operador realiza sua elevação com gaze;

3) Secção do freio lingual na sua porção mediana com o uso de tesoura cirúrgica (Guedes-Pinto) ou remoção do freio com lâmina 15. Apenas a incisão linear simples (frenotomia) não é indicada, é apenas uma técnica paliativa indicada para recém-nascidos quando a incompetência lingual prejudique a amamentação.

4) Sutura a pontos simples.

5) Após a remoção do freio recomenda-se que o paciente faça livres movimentos de língua, que devem expressar a liberação da mesma tanto sentido anterior quanto superior e inferior.
Pós-operatório: Deve ser feita prescrição de analgésico.

Não é necessária antibioticoterapia.

 


FREIO LABIAL

O freio labial superior é uma banda de tecido fibroelástico que se origina no lábio superior e se estende até a papila palatina.

Geralmente é proeminente ao nascimento e, com a erupção dentária, modifica sua inserção. O freio hipertrófico pode estar associado com diastema interincisivo e exigir frenectomia.

A erupção dos incisivos e caninos tende a fechar o diastema, por isso é prudente aguardar a erupção. Mas, em alguns casos, o freio contribui para um diastema permanente.

Deve ser avaliado o aspecto anatômico do freio, seu volume, elasticidade em relação à função labial (se observa isquemia ao tracionar o lábio quando alterado), nível de fixação gengival, hiperplasia inflamatória e extensão do diastema interincisivo.

O exame radiográfico é indispensável para avaliar a configuração óssea dos septos interincisivos que possam necessitar ostectomias ou detectar presença de supranumerários.

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