Extração de Dentes Inclusos
Protocolo Clínico Protocolo clínico para extração de dentes
inclusos
1. Anamnese – verificar a inexistência de impedimentos sistêmicos para
a cirurgia.
2. Antissepsia cirúrgica - Bochechar com solução antibiótica
(Ex: Gluconato de Clorexidina 0,12%).
3. Anestesia local
3.1. Dentes inferiores: bloquear o alveolar inferior, lingual
e bucal. Aguardar 15 minutos
3.2. Dentes superiores: tuberosidade baixa, infiltrar as mucosas
palatina e vestibular, da região do siso até o 2° molar. Aguardar 10 minutos
4. Incisão de espessura total com bisturi lâm. 15 ou 15c,
seguida de descolamento mucoperiosteal com molt 9 ( descolador de periósteo).
Em dentes superiores
5.1. O retalho inclui uma incisão relaxante na mesial do 2°
molar, de aproximadamente 1cm, e outra relaxante, na tuberosidade distal ao 2°
molar do mesmo tamanho;
5.2. Remover o osso (ostectomia), principalmente na
vestibular, com broca esférica n 6 longa (25mm) montada em alta rotação, ou com
a ponta ativa do descolador de periósteo;
5.3. Com o molt, abrir espaço na mesial do siso, na altura da
JCE, onde uma alavanca reta (Apexo) ou curva (Potts) é inserida e o dente
removido pela parede vestibular, com o cuidado de não exercer força no dente
adjacente;
5.4. Remover o capuz pericoronário.
Alisar as arestas com uma lima óssea ou broca;
5.5. Irrigar a região da incisão relaxante mesial ao 2° molar
e após, suturá-la.
A relaxante na tuberosidade, na maioria das vezes, não requer
sutura.
Em dentes inferiores
5.1. O retalho inclui uma incisão relaxante distal ao 2°
molar, sobre a linha oblíqua externa, que deve acompanhar o contorno do ramo
mandibular, e não seguir o contorno da arcada. Descolar a papila entre o 2° e
1° molar e levar o retalho anteriormente até a mesial do 1° molar, expondo o
osso;
5.2. Realizar a ostectomia para expor o dente, com broca
esférica n 6 ou tronco-cônica n. 702, longas (25mm);
5.3. O dente inferior quase sempre deve ser seccionado
(odontossecção), para a sua remoção.
Objetivo: reduzir a ostectomia e preservar osso.
O mais comum é dividir o dente em metades: mesial e distal.
Importante: seccionar apenas 2/3 a 3/4 do dente, de vestibular para lingual e
clivar o remanescente com uma alavanca inserida no sulco da broca.
Motivo: o nervo lingual pode repousar na mucosa alveolar
lingual, próximo à coroa do dente e levar a broca até a face lingual aumenta a
chance de lesão do nervo.
Para a odontosecção, usar a broca 702 longa, podendo ser
necessária uma broca mais comprida, como a Zekrya longa, para dentes mais
profundos;
5.4. Remover os fragmentos dentários criados durante a
odontossecção, assim como o capuz pericoronário. Remover as arestas e
regularizar o osso com broca esférica 6;
5.5. Irrigar a região. Após, suturar a incisão relaxante
distal ao 2° molar e a papila entre segundo e primeiro molares;
6. Orientar o paciente a, no pós-operatório, permanecer em
repouso por cerca de 3 dias. Após, poderá retornar às suas atividades normais,
porém com restrições.
Em geral, 1 ou 2 semanas são necessárias para que o paciente
volte às suas atividades sem restrições;
7. Remover a sutura em um período de 7 a 10 dias.
CRO-RJ Setembro de 2010 - Autores: Fabio Ritto e Paulo José Medeiros
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