Analise de Ricketts

 










Analise de Ricketts

A análise cefalométrica de Ricketts é composta de 33 fatores, divididos em seis campos:

Campo I – problemas dentários (Relação oclusal)

Campo II – problemas esqueléticos (relação maxilo-mandibular)

Campo III - problemas dento esqueléticos

Campo IV – problemas estéticos

Campo V – relação craniofacial

Campo VI – estruturas internas



Campo I – problemas dentários (Relação oclusal)


Relação molar-  Classe I = -3,mm; Classe II = >0; Classe III = < -6mm; Desvio clínico:±3mm.

Interpretação: quando as grandezas forem positivas, indicam que o molar superior está em posição mesial ao inferior. Valores negativos indicam que o molar superior está em posição distal em relação ao inferior.

 

Relação dos caninos  Classe I = -2mm; Classe II = +1mm ou mais; Classe III = < -5mm; Desvio clínico:±3mm.                                        

Interpretação: informa-nos sobre a chave do canino, se é de Classe I, II ou III.

 

Trespasse horizontal (Sobressaliência)  Normal clínico: 2,5mm. Desvio clínico: ±2,5mm.

Interpretação: fornece a quantidade de trespasse entre os incisivos superiores e inferiores. Deve-se correlacionar com a inclinação e posição dos incisivos

 

Trespasse vertical (Sobremordida)  Normal clínico: 2,5mm. Desvio clínico: ±2mm.

Interpretação: descreve a má oclusão no sentido anterior, por meio da dimensão vertical.

 

Extrusão dos incisivos inferiores - Normal clínico: 1,25mm. Desvio clínico: ±2mm.

Interpretação: informa se o trespasse vertical do incisivo se deve à sobreirrupção ou infrairrupção do incisivo inferior.

 

Ângulo interincisivos - Normal clínico: 130º. Desvio clínico: ±10º.

Interpretação: de 100 a 119º é indicativo de biprotrusão, de 120 a 139º é considerado normal e de 140 a 160º tem-se uma birretrusão.

 

Campo II – problemas esqueléticos (relação maxilo-mandibular)

 

Convexidade do ponto “A” Média: 2mm±2mm aos 8 anos e 6 meses, diminuindo 0,2mm a cada ano.

Interpretação: valores altos indicam padrão de Classe II esquelética. Quando o valor for negativo, é indicativo de Classe III esquelética.


Altura facial inferior (Altura da dentição) Média: 47º±4º.

Interpretação: divergência da cavidade bucal. Valores altos representam mordida aberta esquelética e valores baixos sobremordida. Este fator não se altera com a idade.

 

Campo III - problemas dentoesqueléticos

 

Posição do 1º molar superior a PTV - Média: idade do paciente em anos, acrescido de 3mm±3mm.

Interpretação: informa se a má oclusão é devida à posição do molar superior ou inferior.

 

Protrusão do incisivo inferior (1-APo) Média: 1mm±2mm.

Interpretação: este fator determina uma posição estética e funcional para o incisivo inferior

 

Protrusão do incisivo superior até a linha APo Média: 3,5mm±2,5mm.

Interpretação: define a protrusão do incisivo superior com relação aos maxilares.

 

Inclinação do incisivo central inferior (1. APo) Média: 22º±4º.

Interpretação: este fator determina o grau de inclinação dos incisivos inferiores.

 

Inclinação do incisivo central superior (1.APo) Média: 28º±4º.

Interpretação: este fator determina o grau de inclinação dos incisivos superiores.


Plano oclusal ao ramo (Xi) Média: 0mm±3mm aos 9 anos e 6 meses. Esta distância decresce 0,5mm ao ano em relação ao ponto Xi.

Interpretação: grandezas positivas indicam que o plano oclusal está acima do ponto Xi, denotando Classe II, e Classe III se negativas.

 

Inclinação do plano oclusal Média: 22º±4º até a idade de 8 anos. Aumenta 0,5º por ano.

Interpretação: situa o plano oclusal com referência à estrutura interna da mandíbula.

 

Campo IV – problemas estéticos

 

Posição labial Média: -2mm±2mm até a idade de 8 anos 6 meses. Diminui 0,2mm por ano.

Interpretação: permite uma correlação do perfil labial com o restante do perfil facial.

 

Comprimento do lábio superior Média: 24mm±2mm para 8 anos e 6 meses.

Interpretação: a análise do comprimento do lábio superior deve estar relacionada à avaliação do incisivo superior.

 

Ponto união interlabial –Média: -3,5mm±2mm aos 8 anos e 6 meses. Esta distância decresce 0,1mm ao ano em relação ao plano oclusal.

Interpretação: o plano oclusal deve ficar abaixo do ponto de união.

 

Campo V – relação craniofacial


Profundidade facial Média: 87º±3º aos 9 anos. Aumenta 0,33º por ano.

Interpretação: posiciona o mento no sentido horizontal. Determina se a Classe II ou Classe III é de natureza esquelética.

 

Eixo facial Média: 90º±3,5º.

Interpretação: indica a direção de crescimento do mento e a posição dos molares. Expressa a relação entre a altura e a profundidade facial.

 

Cone facial Média: 68º±3,5º.

Interpretação: ângulos maiores, nos casos de Classe II, representam indivíduos braquifaciais com retrusão mandibular; ângulos menores, em Classe III, indivíduos dolicofaciais.

 

Ângulo do plano mandibular Média: 26º±4,5º aos 9 anos. Diminui 0,33º por ano.

Interpretação: parâmetro que permite uma avaliação vertical da mandíbula em relação ao plano de Frankfurt.

 

Profundidade maxilar Média: 90º±3º.

Interpretação: indica a posição horizontal (ântero-posterior) da maxila. Um padrão de Classe II esquelético, devido à maxila, apresenta valores superiores a 90º.

 

Altura maxilar Média: 53º±3º, aos 9 anos. Aumenta 0,4º por ano.

Interpretação: indica a posição vertical da maxila. A mordida aberta esquelética, devido à maxila, apresenta um valor diminuído deste ângulo.

 

Plano palatino / plano horizontal de Frankfurt Média: 1º±3,5º.

Interpretação: ângulo aumentado indica que o palato está inclinado no sentido anti-horário, com mordida aberta esquelética devida à maxila.

 

Altura facial total Média: 60º±3º.

Interpretação: avaliação do comportamento do corpo mandibular com a base total do crânio.

 

Campo VI – estruturas internas

 

Deflexão craniana Média: 27º±3º.

Interpretação: um ângulo alto constitui um alerta para um padrão de crescimento excessivo da mandíbula (Classe III); por outro lado, um ângulo baixo apresenta tendência para um posicionamento posterior da mandíbula.

 

Comprimento craniano anterior- Média: 55mm±2,5mm até a idade de 8,5 anos. Deve ser alterado de acordo com o tamanho da cabeça do paciente. Em média, aumenta 0,8mm ao ano.

Interpretação: indica se o padrão de Classe II esquelética é devido ao alongamento da base craniana ou se a Classe III é devida à diminuição desta base.

 

Altura facial posterior Média: 55mm±3,3mm aos 8,5 anos. Deve ser alterada de acordo com o tamanho da cabeça. Em média, aumenta 0,8mm ao ano.

Interpretação: determina a altura do ramo da mandíbula. É responsável pelo padrão vertical do ramo.

 

Posição do ramo Média: 76º±3º.

Interpretação: ângulo diminuído é indicativo de posição posterior do ramo. Ângulo aumentado é indicativo de associação com padrão latente de Classe III.

 

Posição do pório Média: -39mm±2,2mm aos 9 anos. Aumenta 0,5mm ao ano. 

Interpretação: uma posição mesial do ramo pode ser devida a uma posição anterior do pório, associada com tendência à Classe III.

 

Arco mandibular Média: 26º±4º na idade de 8,5 anos. Aumenta 0,5º por ano.

Interpretação: o aumento do valor do ângulo indica uma mandíbula de aspecto braquifacial. Quando abaixo do normal, representa uma tendência para uma mordida aberta.

 

Comprimento do corpo mandibular Média: 65mm±2,7mm para pacientes com 8,5 anos de idade. Aumenta 1,6mm por ano.

Interpretação: avalia se o prognatismo ou retrognatismo é devido ao comprimento do corpo da mandíbula.







 
















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