Aftas Recorrentes

 



Aftas Recorrentes

 

Aftas são as lesões mais comuns da mucosa bucal.

 

São úlceras circulares ou ovóides com halo eritematoso, precedidas por ardência ou dor localizada e estão relacionadas com o sistema imunológico.

 

Podem ocorrer de forma isolada ou múltipla, em surtos relacionados com varias situações.

 

Aparecem na infância com mas frequência e intensidade de surtos e diminuem com o passar dos anos.

 

Há três variantes clínicas:

Aftas Menores - 80%,

Maiores - 10 a 15% e

Herpetiformes- (relativamente raras).


 Ulcerações aftosas recorrentes menores são assim denominadas pelo fato de suas lesões demonstrarem a menor taxa de recorrência e o menor tempo de duração entre as três variantes.


O diagnóstico é clínico e baseia-se na história e no exame físico. 

 

Quanto ao manejo, consideram-se três cenários baseados na qualidade de vida do paciente que é afetada.

 

O "Tipo A" caracteriza-se por episódios curto tempo, pouco freqüente, que pouco afeta as pessoas.

O "Tipo B" caracteriza-se por episódios mensais de até 10 dias, que causam desconforto e afetam hábitos do paciente.

O "Tipo C" é  crônico e doloroso, com novas úlceras surgindo antes da resolução das antigas.

 

 

No "Tipo A" – geralmente a dor é tolerável. Procuramos identificar fatores predisponentes e evitá-los. Comumente não é necessária medicação.

 

No "Tipo B", fatores predisponentes devem ser evitados. Se necessário, iniciar tratamento com cremes de corticóide de média potência (Triamcinolona). Bochechos sem engolir com corticóides (Betametasona) podem ser usados nas crises, e algumas vezes, por mais algum tempo, principalmente, quando os surtos forem habituais ou houver muitas lesões por surto. Em casos severos, podemos usar cremes de corticóide ultra-potentes (Propionato de Clobetasol) e excepcionalmente, uso  breve de corticóide sistêmico.

 

No "Tipo C"- Vemos a presença de dor e desconforto que afetam a qualidade de vida. Começamos o tratamento com bochechos (sem engolir), com corticóides (betametasona), por algumas semanas além do surto, associados a creme de corticóide tópico ultra-potente (Propionato de Clobetasol) nas lesões presentes.

Infiltrações intra-lesionais com corticóides são pouco utilizadas, mas eficazes.

Em casos muito severos, curso breve de corticóide sistêmico traz alivio rápido. É imprescindível avaliar a história médica do paciente e monitorar os casos em tratamento, face aos efeitos colaterais dos corticóides. Deve prescrever um esquema de redução progressiva em pacientes tratados por mais de um mês e estar atento à possibilidade de super-infecção - fúngica. 

 

Nos  casos raros onde não respondem aos corticóides, ainda existe o recurso de drogas como Azatioprina, Dapsona, Pentoxifilina ou Talidomida, mas nesses casos devemos aconselhar o cliente a procurar um Estomatologista (especialistas no diagnóstico das doenças da boca) e consultar  o médico do paciente . 


Informações baseadas no CRO 



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