Resumindo o Flúor
É um mineral encontrado na natureza. O flúor ajuda a reduzir a
incidência de carie nos dentes.
O fluoreto é um composto químico binário derivado do ácido fluorídrico (HF), por substituição do hidrogênio por um metal ou radical monovalente positivo.”
Fluorterapia, um dos métodos disponíveis mais usados para o
controle da doença cárie dentária.
O flúor
incorporado aos dentes na fase de
desenvolvimento resulta por si só em alta resistência à cárie.
Ácido fluorídrico, também conhecido como ácido hidrofluorídrico, ou fluoreto de hidrogênio, é um composto inorgânico formado por átomos de hidrogênio(H) e flúor (F), em solução aquosa.
Os compostos de flúor são rapidamente absorvidos pelo estômago, intestino e excretado juntamente com a urina. A princípio, o fluoreto interage com a mucosa gástrica, originando o ácido fluorídrico no estômago. Por conseguinte, este elemento irá ligar-se ao cálcio interferindo no mecanismo de diferentes enzimas. Resquícios deste elemento são incorporados à matriz óssea.
A concentração
de flúor nas camadas superficiais do esmalte aumenta à medida que o processo de
remineralização e desmineralização
ocorre.
Quando usado
frequentemente, o flúor pode acumular-se no biofilme dental na forma de íons
livres ou ligado na matriz extracelular.
Dos meios de usar flúor tópico, o que melhor se
enquadra em termos do controle da cárie como doença é o dentifrício fluoretado
(CURY, 2001)
Toda vez que os dentes são escovados com
dentifrício fluoretado , a concentração de flúor na saliva aumenta, permanece
elevada por um tempo de 30- 40 minutos e volta ao normal.
O flúor do dentifrício é capaz de reduzir a
perda de mineral do esmalte do dente íntegro, ou ativar a reposição de mineral
do dente com lesão de cárie.
O uso de dentifrício fluoretado é considerado
um dos métodos mais racionais de prevenção da cárie dentária, pois alia a
remoção do biofilme dental à exposição constante ao flúor.
Ao se fazer uma aplicação de flúor em gel,
12.300 .ppm (partes por milhão) de flúor estariam reagindo com o dente, contra
1000–1100 ppm do dentifrício. Entretanto, embora pouco fluoreto de cálcio (CaF2
) se forme durante de uma escovação, isto é compensado pela freqüência da escovação em relação à
aplicação profissional.
De acordo com
as diretrizes de saúde bucal do Ministério da Saúde, deve-se considerar a
aplicação tópica de flúor com coberbura
universal quando se constatar
exposição a água de abastecimento contendo até 0,54 ppmF.
A fluoretação
da água é considerada uma das 10 maiores conquistas em saúde pública no século
20.
No Brasil, os níveis de concentração de flúor na água, avaliando-se o risco/benefício: são estimados considerando-se a média de temperatura anual, pois a concentração de flúor na água é dependente do nível de consumo
É indicação
tópica para crianças maiores de 6 anos que apresentam alto risco à cárie
dentária: Solução de fluoreto de sódio 0,05% e Dentifrício fluoretado.
Aplicação de Flúor
O paciente deve ser colocado em posição vertical com a cabeça ligeiramente inclinada para a frente;
Usar o sugador;
Colocar pequena quantidade de gel nas moldeiras, o equivalente a uma colher de café por moldeira; pode usar o potes dappen parar medir - parte mais rasa (2 a 3 ml) para crianças e bebês e o lado mais fundo para crianças maiores (3 a 5 ml);
Pedir ao paciente para cuspir após a aplicação tópica de flúor;
O volume da
dose provavelmente tóxica de solução de NaF a (fluoreto de sódio ) 0,2%, para
uma criança de 20 kg será de 111 mL.
Algumas considerações clínicas e laboratoriais
sobre a reatividade de compostos fluoretados no esmalte são comprovados por
evidências científicas, como:a reversão parcial da perda mineral que ocorre na
presença de flúor aumenta muito o tempo necessário para que algum sinal clínico
de desmineralização seja visível.
Este elemento possui afinidade pelo fluoreto,
originando em conjunto com o mesmo a fluoropatita; com o cálcio, o flúor
origina o fluoreto de cálcio.
Deste modo, pode haver o aparecimento de
alterações dentárias, como fluorose; e óssea, como a hipercalcificação.
A barreira hematoencefálica é relativamente
impermeável ao flúor; todavia, quando este for utilizado como agente
terapêutico ou estiver presente no ambiente, este elemento é capaz de
ultrapassá-la.
A capacidade remineralizante da saliva é
melhorada pelo aumento do fluxo salivar e é ativada pela presença de flúor.
Assim, o flúor aumenta de 2 a 4 vezes a capacidade da saliva de repor minerais
perdidos pelos dentes.
O uso de flúor leva a uma redução significativa da perda de mineral, que pode manter-se num estágio subclínico ou se manifestar como lesão de mancha branca de cárie paralisada.
Tendo em vista que o flúor não
impede a perda de mineral, mas a reduz de maneira significativa, a ausência
total de cárie seria mais bem explicada quando simultaneamente ao uso de flúor,
é seguida uma disciplina de consumo de açúcar.
Quando o acúcar é convertido em ácidos pela placa dental, atinge-se o PH crítico para a dissolução dos minerais”a base de apatita. Quando o pH retorna ao normal, a saliva tenta repor os minerais perdidos pelo dente, esta propriedade de remineralização ativada pela presença do flúor na saliva.
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